sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

A culpa é da justiça

Por José Afonso da Silva

Na boa, longe de mim sair em defesa de Ney Santos, mesmo porque eu apoiei para prefeito o candidato do PSOL, o combativo militante companheiro Juninho Junior.
Ney Santos, numa eleição com cinco pleiteantes ao cargo de prefeito de Embu das Artes (se não me engano) obteve 80% dos votos dos eleitores de Embu das Artes.
Onde quero chegar? Se havia uma investigação em andamento desde 2010, por que a justiça permitiu que um candidato, cheio de suspeitas, que teve a candidatura impugnada por inúmeras vezes pelo TRE fosse até o final na disputa eleitoral, fazendo com o voto de milhares de embuenses fosse simplesmente jogados na lata do lixo?
Essa mesma justiça, não teve preocupação e nem dificuldade para impugnar a candidatura do Geraldo Cruz, mesmo porque, naquela conjuntura, ninguém questionaria a ilegitimidade da impugnação de uma candidatura do Partido dos Trabalhadores.
Antes que falem merda, entendo que a candidatura de Geraldo Cruz/PT foi cassada corretamente e, politicamente, Geraldo Cruz é um político inimigo dos movimentos populares como o MTST, funcionalismo público e dos lutadores da cidade.
O fato é que ao utilizar o método dos dois pesos e duas medidas, a justiça, enviesada por um antipetismo doentio, permitiu que um candidato que não se enquadrava nos critérios da Lei da Ficha Limpa, concentrasse os votos e anseios do povo sofrido de Embu.
Logo, a justiça eleitoral também deve ser responsabilizada pelo ocorrido.
A população tinha a sua disposição a candidatura do companheiro Juninho Junior, presidente estadual do PSOL, militante do movimento negro, defensor dos artistas da cidade, mas, infelizmente, candidaturas honestas e comprometidas com o povo nem sempre conseguem superar o poder financeiro dos candidatos ricos. Riqueza essa nem sempre alcançada de forma lícita.
E agora quem repara esse sentimento de vergonha, de frustração da população de Embu das Artes? Depois não querem que a população perca qualquer resto de confiança na políticam nos partidos e instituições.
É preciso imediatamente apontar para a convocação de novas eleições, onde o povo do Embu das Artes tenha condições de fazer suas escolhas sem o fator medo ou do fator financeiro.

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